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O portal de Oriun

O portal de Oriun novo livro de Aldemir Alves - Autor de Os livros de Esteros

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Oi pessoal,

Enfim a inspiração voltou e estou escrevendo o meu livro a todo vapor... Eu não quero ser conhecido APENAS como o escritor de "Os livros de Esteros". Como sempre falo em minhas redes sociais, para esse livro estou usando as mitologias nórdica, grega, e egípcia. Também quero um texto mais fluido e suave. O Portal de Oriun escrevo para o público adolescente. Bem, pelo - menos, eu acredito que estou conseguindo o meu objetivo.

Leiam um trecho:

Momentaneamente um arrepio sacudiu as costas de Alexandre, apertando-lhe a bexiga, ele percebeu que estava com vontade de urinar. Dirigiu-se a um arbusto nas redondezas, olhou para ambos os lados por força de hábito, havia uma linda rosas púrpura num punhado de mato onde a neve não tocou, e o seu alívio fez com que a planta começasse a fumegar de descontentamento, pois ele descarregou uma enxurrada de urina em suas pétalas. Alexandre estava de costas e sentiu duas mãos tocando seus olhos, antes que pudesse ser pego com as partes baixas de fora fechou o zíper das calças.

— Quem é?

— Adivinha?

— Hum... — Ele sentiu o perfume dos cabelos de Juliana, soube que era ela, mas disfarçou fazendo um drama.

— Alex?

— Errou!

— Graziela?

— Errou de novo! — Juliana levou o rosto sobre os ombros dele — Sou eu bobinho... O que faz aqui sozinho?

Alexandre ficou envergonhado, levou os olhos sobre a paisagem e avistou as belas montanhas geladas ao norte, tinha diante de si um belo panorama da noite Oriundana. O céu estava mais limpo de noite do que estivera durante o dia, e as estrelas pontilhavam-no recatadamente, como se temessem provocar as nuvens.

— Estou deslumbrado com isso! — apontou para as montanhas— mesmo que na terra existam tantas belezas isso aqui é exceção!

— De fato! — disse ela e ficou parada ao lado dele — Às vezes nos preocupamos com tantas coisas que nos esquecemos de apreciar a beleza em nossa volta. — depois olhou para ele.

Alexandre sorriu timidamente, e seus cabelos eram tão lisos que quando o vento soprava lançava-os sobre seus lábios rosados. A roupa que trajava era um camisão de mangas rebeldes, por dentro uma camisa de longa espessura até os punhos.

Naquele momento uma estrela cadente caiu numa trajetória quase vertical, prendendo a atenção de Alexandre durante o breve momento em que permaneceu dialogando.

— Faça um pedido! — disse ela.

— Já fiz.

— Não pode contar, não é?

— Não! — disse ele sorrindo e levou os olhos disfarçadamente em direção à urina que havia se misturado com a neve.

Ela seguiu seus olhos e observou a rosa púrpura que era rara de se ver, ainda mais em tempos de inverno.

— É linda!

— Hã?

— Aquela flor ali é linda e raríssima! — se abaixou para observá-la de perto.

Alexandre levou a mão direita sobre a nuca e ficou envergonhado, sentiu um aperto no estômago como se levasse um soco.

— Tão rara assim? Que coisa, não? — olhou para a rosa e fez careta de sínico, ele havia urinado na planta e arrancou algumas pétalas, e pior ainda, o cheiro de urina era notório.

— Nossa! — protestou Juliana — que cheiro horrível!

— Pois é! — falou ele desconfiado — eu também senti. Ela deve estar com algum tipo de fungo ou algo assim... só pode!

— Coitadinha!

— É, mas então vamos voltar para o acampamento? — Ele estendeu sua mão para ela.

— Concordo, acho que só nós estamos acordados uma hora dessas. —
Alexandre não pôde deixar de notar que a mão de Juliana começou a transpirar, e que ela parecia mais hirta do que antes enquanto olhava para ele.

— Há então vamos porque é muito tarde — Ele largou a mão dela e esfregou a sua na manga larga do blusão. Alexandre imaginava que a moça sentia algum tipo de carinho por ele, mas ela era estranha e mudava seu comportamento a todo o momento, talvez por esse motivo o jovem temesse demonstrar que sentia o mesmo por ela.

Ela olhou para ele com olhos demasiadamente reprovativos, se virou e caminhou na frente “para ela esse garoto era criança demais para sua idade, talvez isso seja compreensivo já que é do planeta terra” pensou ela.

Já para ele essa moça era estressada demais e deveria ser mais gentil com as pessoas ao seu redor. Mas isso é compreensível “já que ela vive num mundo tão cheio de problemas”...

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