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O portal de Oriun

trechos: os filhos de Egoz

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Trecho - os filhos de Egoz - Aldemir Alves:

Joaquim forçou seus braços sobre o tablado de madeira e levantou seu corpo. Em seguida disse-lhes: — Chega de discussão, vamos, o sol já desapareceu há cinco minutos! — O velho caminhou até a escada, desceu, conduziu os garotos até ao vestiário, onde todos os aprendizes se vestiam.

—Chegamos! Aqui é o lugar onde guardamos todo nosso arsenal, dentre espadas, cajados, escudos, armaduras e etc. Cada guerreiro tem um estilo próprio que lhe foi herdado desde o seu nascimento, cada qual se identifica com um estilo de luta e classe. Então peço que escolham o que acham que descreverá melhor os seus estilos!

Alexandre foi o primeiro; revirou as espadas, tocou-as, mas passou por elas. Tocou as armaduras dos bárbaros, mas não houve interesse em usa-las. Caminhou mais adiante, contemplou um grande cajado branco, de pontas douradas - um diamante branco o enfeitava — é lindo — pensou o garoto, e estava muito bem guardado. Pendurado sobre dois chifres de unicórnios cravados sobre a parede. Alexandre foi seduzido pela peça rara, levou suas mãos sobre ele, seus olhos brilharam ao toca-lo, ficou paralisado pela sua beleza.

Joaquim sentiu que aquele menino adorava a magia, poderia se tornar um mago poderoso, afinal a sua história foi parecida quando garoto.  O mago se aproximou, tocou-lhe os ombros: — Bela escolha, filho, esse cajado foi usado por Merlin... O maior mago de todos os tempos!

— Merlin? O Merlin dos contos de fadas? Ele realmente existiu?

— Sim o Merlin dos contos de fadas. Certamente que existiu!

— Magnífico! Eu posso ficar com ele?

— Já é seu filho... Mas um mago, precisa de outros apetrechos para se tornar sábio e poderoso, pegue os livros sobre a estante, ao seu lado direito.

— Ah! Oh meu Deus! São livros de magias?

— São os melhores feitiços de Oriun. Não precisa ter pressa, pegue-os e estude com calma...

O brilho sobre os olhos do garoto reluziram de um jeito inexplicável, ele se apoderou dos livros, fichou seus olhos sobre tudo o que tinha em suas mãos, se virou, correu rapidamente para o quarto. Quase atropelou os amigos que o acompanhavam — seus passos desapareceram, deixando apenas ecos pra trás. 

Fantasia nacional - Os filhos de Egoz

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Os filhos de Egoz, é uma nova saga de fantasia medieval, criada pelo autor Aldemir Alves. Essa aventura trás como protagonizadores os irmãos Alex e Alexandre. Os meninos crescem no Alasca, em uma pequena cidade de Akriok. Desde garotos levam uma vida normal, mas nem imaginam que as suas vidas vão mudar tão dramaticamente. Sendo verdadeiros filhos do rei Egoz, herdeiros da coroa de orium, foram retirados de seus pais ainda bebês, entregues a Rafael e Gisele, um casal de brasileiros, viventes no planeta terra. Quando completassem a maioridade, os 18 anos de idade, retornariam a oriun, lutariam contra Zarc, afim de retomar o trono de seu pai. Os filhos de Egoz vem com a promessa de apresentar mais uma obra de Aldemir Alves, o autor está muito mais amadurecido e confiante no seu potencial, aguardem, mais informações em breve.

Aldemir Alves.

Sinopse:

Em um mundo; onde a magia existiu de verdade, onde a paz e igualdade antes jamais abalada. Um tirano ergueu-se dentre as trevas, com ele veio à sede pelo poder a qualquer preço, alianças foram abaladas, vidas sacrificadas, batalhas travadas - A supremacia benéfica deixou de existir. A ganância de Zarc se alastrou infinitamente, até mesmo as crianças eram obrigadas a integrar os seus exércitos. A terceira parte de Oriun havia sido devastada completamente.
Após 15 anos de tormenta, a esperança ressurge novamente - renasce, junto aos filhos de Egoz.


Os filhos de Egoz

O portal de Oriun
1.

No frio inverno do Alasca, nas montanhas da cidade de Akriok, cuja população não excedia 80 famílias – em um total de 200 habitantes. - Um homem de aparência desgastada, visivelmente entre a idade de 60 anos, com fortes traços orientais, trajando um longo manto amarelado, movimentava-se lentamente, enquanto seguia observando os lindos iglus- esculpidos pela própria neve conservada. O homem montava um enorme urso-de-kodiak, cinzento, criatura poderosa, carnívora e amedrontadora, mas para Joaquim, era um animal de estimação. Montaria doce, mansa - um bom companheiro.

Ao longe, em meio aos respingos de neves, que caiam suavemente sobre o vilarejo desértico, Joaquim observa um homem parado, frente a sua moradia, sem muita pressa se aproxima, logo em seguida inicia um dialogo com o morador local:

- Saudações, meu senhor! Sou Joaquim Yang, descendente do clã sexto, da ordem dos magos de Gyong-ju. Procuro por uma família de sobrenome “Silva” Gisele Silva e Rafael Mello Silva, velhos amigos de longa data. – Ainda frente ao homem, que se mantém calado, Joaquim pausa a conversa por alguns segundos, enquanto expele um sopro quente, bafejando as suas luvas - sujas pelas rédeas que prendia o seu animal.

- Há sim, família Silva. O casal de brasileiros... Caminhe por mais oito iglus nessa direção, a nona moradia é habitado pela família Silva. – Responde o homem, com um sorriso estampado ao rosto, aparentemente uma pessoa amistosa.

Joaquim puxa com força a rédea, o animal se contorce, ficando ereto, antes de partir agradece:
- Qual é a sua graça, meu bom homem?

- Lazaro meu senhor, eu me chamo Lazaro!

- Muito obrigado pela informação, Lazaro, tenha um bom dia! – O grande animal cavalga pelos oitos iglus, até que estaciona frente à nona moradia. Joaquim salta do animal, faz carinho na fera, retira uma garrafa, com um liquido amarelado em seu interior. Vagarosamente leva-o aos lábios, toma um gole demorado, em segui sussurra: “Salve Barbárie” respinga três gotas ao chão “Pro santo”, em seguida deixa (o grande urso de nome Pow) prá trás, até que se vê frente à porta congelada.

Rafael! Ôooo, Rafael...

- Quem é? - Gisele veja quem esta gritando na porta!

- Olá? Quem está ai? – Gisele se aproxima, abrindo a porta se depara com Joaquim – Oi, posso ajuda-lo, meu senhor?

- Gisele?! Não se lembra de mim, sou eu, Joaquim!

- Joaquim... Não o reconheci, está bem mais velho!

Haviam se passado treze anos desde o ultimo encontro entre a família Silva e Yang, muito coisa mudou, principalmente a fisionomia do velho amigo, Joaquim, que agora expelia uma enorme barba branca, tão longa que alcançava a enorme barriga, coberta pela enorme vestimenta de pele de carneiro.

Rafael caminhou em passos largos, próximo ao amigo, se jogou aos seus braços, abraçando-o como se fossem parentes distantes – separados por longas datas:

 – Velho amigo, seja bem vindo! O que o trás aqui, tão cedo?

- Serei breve meus amigos, nesse momento eu sugeriria para que se sentassem e se possível, me sirvam uma bebida quente! – Joaquim sorriu – era um homem espaçoso, mas suas próximas palavras, poderia não agradar o casal. Ser hilário naquele momento era válido...

Gisele caminhou até a lareira, onde no canto esquerdo, havia várias latas de alimentos vazias, mais acima, na tabua de madeira verde, que simulava um armário de cozinha. Estocava; café, leite em pó, açúcar, arroz e feijão. Havia também alguns animais cervos, conservados próximos à pequena mesinha improvisada com a cômoda envelhecida (um dos poucos pertences trazidos do Brasil), um friozinho agradável, soprava sobre a testa de Gisele – Que cantava uma bela canção - deixando que a sua voz pairasse rumo à floresta congelada.

- Pronto, o café esta delicioso, sirva-se Joaquim!

Os fiapos de barbas branquejados de Joaquim se movimentaram lentamente – ele sorriu – levou a sua mão até a caneca, despejou o café preto, de cheiro forte, logo se deliciou vagarosamente, “há como é delicioso o café brasileiro”...

Gisele e Rafael se mostravam tensos, enquanto aguardava o velho degustar mais um gole de café. Quando ele finalmente terminou, disse-lhes:

- Agora é serio, eu trago noticias pouco amistosas! – bateu à xícara de café na mesa, Gisele deu um pulo da cadeira, levou a mão ao queixo e fez cara de preocupada. Joaquim fixou o olhar sobre ela, voltou dizer:

 - Já, já eu conto. Deixe-me tomar mais uma xícara de café...

Velho ranzinza “pensou Gisele”, mas continuou aguardando as palavras do homem.

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